domingo, novembro 14, 2010

VOAR.

Quero voar. Com o coração aconchegado, quero voar desenfradamente. Quero encontrar o que não procuro, perder o que não encontrei e voar. Quero voar, mas contigo no peito, contigo enlaçado na alma que é minha despida para ti. Quero que me sigas, que corras atrás das pegadas invisiveis que só tu vês. Quero encontrar a estrela que me pertence, aquela que teima em fugir e que eu insisto em encontrar. Tu sabes. Um dia vou apanhá-la, bem lá no alto, e tu estarás cravado em mim. Vais dizer que ela é brilhante e que eu tinha razão. Vais me dar umas asas novas e pedir as velhas. Vais guardá-las bem pertinho das tuas e vais continuar a voar comigo. Quero voar e ouvir-te em susurro a aspirar força, vontade e mais força. Quero aleijar-me na selvajaria de sentimentos estranhos que vou quase conhecer. Quero abrir brechas. Tornar fiçuras em paredes partidas e pontapear angústias. Não me vais deixar magoar. Vais me dar a mão e contar-me daqueles segredos com moral no fim. Eu vou continuar a voar, contigo vísivel ao meu olhar ou contigo pesado leve no meu peito. Mas sempre contigo, vou voar.
                                                   

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